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segunda-feira, março 28, 2011
Vídeo de uma constelação
domingo, março 20, 2011
Uma Metodologia totalmente Fenomenológica e Integrativa – TSFI (por Alexandra Caymmi) - texto de Maria Angélica Soares
A TSFI, Terapia Sistêmica Fenomenológica Integrativa é uma metodologia de trabalho terapêutico, de caráter inovador, que foi criada por Alexandra Caymmi.
A princípio baseada na sabedoria e visão sistêmica de Bert Hellinger, foi sendo aperfeiçoada ao longo dos anos por sua criadora e, atualmente, trabalha e libera traumas, movimentos interrompidos, memória celular, integração das partes perdidas no decorrer do tempo pela vivência de eventos traumáticos.
A TSFI tem como acréscimo os conhecimentos de Alexandra Caymmi que introduziu a Técnica de Liberação de Traumas (Traumaterapia), o Xamanismo, com movimentos de cura, trazidos da sabedoria ancestral do universo xamânico e o uso dos Sons e do Canto, também como instrumentos de cura.
Traumaterapia - Numa situação perigosa, a pessoa produz muita energia, muito mais do que numa situação regular. Numa tal situação, a pessoa tem três possibilidades (segundo Peter Levine, 1998) de reagir: lutar, fugir ou ficar petrificado. Nas situações onde lutar ou fugir é possível, a pessoa utiliza a energia mobilizada e neste caso, não fica traumatizada. Mas, existem situações que nem fugir e nem lutar é possível, e a pessoa fica “petrificada”. A energia mobilizada fica bloqueada no corpo, o que produz o trauma. O trauma fica presente no corpo da pessoa e em muitas situações da vida, a pessoa ainda se comporta como se estivesse vivendo o trauma no presente. Os traumas podem ter sido vivido por nós, por outra pessoa ou outras pessoas das gerações anteriores e/ou pelo nosso povo. Todos estes traumas estão inscritos
O Xamanismo, como Caminho Ancestral, é a herança e a trajetória da própria Humanidade em busca da cura e de uma consciência de Ser e Caminhar nesse mundo. Busca a Sabedoria e Plenitude, de acordo com o movimento do Universo, reconectando-nos com caminhos e raízes ancestrais. É possível aplicar essa herança natural em nosso momento contemporâneo, no aqui e no agora, transformando nossa trajetória em uma vida repleta de potencialidades e redescobertas.
Cantos e Sons- Nosso Conhecimento Ancestral, baseado nas comunidades tradicionais, nos ensina que o som é considerado como uma expressão poderosa da essência das coisas. Um canto é a energia de um objeto ou de uma história manifestada no som. A música sempre teve o poder de provocar uma reação emocional. Ela contorna a lógica analítica e se comunica diretamente com a nossa alma. Mesmo que os cantos sejam cantados em outra língua, a linguagem da alma é compreendida por meio das ondas sonoras ou palavras emitidas no canto.
A Terapia de Constelações Familiares, metodologia criada por Bert Hellinger, é o resultado dos últimos trabalhos de seu criador e vem expandindo no mundo todo, mais especificamente no Brasil desde a década de 80, pela descoberta de estruturas e padrões desconhecidos até então. O trabalho com as Constelações Familiares nos ajuda a descobrir de que forma estamos enredados dentro do sistema energético familiar. Muitos dos sentimentos que nos atormentam são sentimentos alheios, adotados de outros membros da família e, com o desenho vivo e sensorial de nossa “Constelação Familiar”, percebemos a teia invisível em que estamos entrelaçados. Com este trabalho, vamos compreender que todos os membros de uma família, vivos ou mortos, estão energeticamente presentes na estrutura familiar, influenciando profundamente nossos sentimentos, atitudes e até mesmo nossa saúde.
A partir daí o trabalho é de reconciliação, redirecionando da energia bloqueada dentro da pessoa. A preocupação aqui não é procurar as causas dos problemas, mas sim dissolver enredos antigos, liberando a força dentro de cada um de nós para uma vida satisfatória e desimpedida, preenchendo o desejo natural de ligação e de equilíbrio.
Na TSFI o trabalho é realizado dentro de um campo energético, onde acessamos o infinito de possibilidades de consciência das energias e das informações, as que são mais importantes para a dissolução dos traumas e conflitos, realizando uma investigação profunda das dinâmicas que causam os bloqueios. As energias e informações são trabalhadas e investigadas por meio de uma metodologia totalmente fenomenológica, realizando intervenções de cura e liberação, partindo-se do que é sentido dentro deste campo energético, onde se vivencia, ao mesmo tempo, passado, presente e futuro. Tais intervenções são os movimentos xamânicos (tomando certas posições com o corpo e com as mãos, é possível provocar uma mudança nos centros de energia das pessoas e desse jeito libertar os bloqueios), o canto de músicas e sons, e outros recursos necessários à liberação e cura dos bloqueios do cliente.
Como acontece o trabalho:
O cliente coloca a questão que quer resolver, da forma mais sucinta possível e escolhe pessoas do grupo para representar a si mesmo, os indivíduos envolvidos na questão exposta, sintomas físicos ou um tema que seja de importância para o cliente ver, entender ou liberar. O cliente, geralmente, fica de fora assistindo e tem a oportunidade de observar a situação de conflito que determinou o bloqueio dentro do seu tema. Em algumas ocasiões é possível que o cliente participe, mas isso ocorre muito raramente, pois, há uma diferença vibracional entre o “cliente” representado no campo e o cliente que está de fora assistindo. Estes, normalmente, não estão na mesma sintonia, pois o trabalho realizado no campo energético se processa numa dimensão e frequência diferentes do que a do cliente que assiste.
É papel do facilitador em TSFI, perceber a unidade que liga todo o sistema no qual os representantes são componentes e realizar os movimentos xamânicos, cantos ou afirmações investigativas necessárias junto aos representantes para que possa fluir, acompanhando as energias e informações presentes no campo, de forma fenomenológica e dentro do movimento do espírito. Os representantes estão dentro do movimento da alma e são como canais de conexão com as energias e informações necessárias para a liberação dos traumas e dinâmicas que estão por trás dos bloqueios, sejam de origem familiar ou não, sejam originários do que o cliente viveu ou carrega. É importante assinalar que em TSFI não se faz necessário um número muito grande de informações sobre a história familiar do cliente, pois o que se busca é exatamente o que for, precisamente, mais importante para liberar o bloqueio do cliente e isso pode não ter exatamente a ver com as informações sobre sua origem familiar ou de nascimento.
A intenção principal do trabalho é reencontrar a nossa Unidade dentro do movimento da Vida e para que isso aconteça é importante liberar o que não nos pertence (Constelações Familiares tradicionais) e reintegrar o que nos falta (trabalho de traumas elaborado pela Alexandra)
A TSFI tem sido uma metodologia de trabalho e uma terapia sistêmica fenomenológica de grande profundidade terapêutica, dissolvendo nós e bloqueios importantes, trazendo resoluções de conflitos e realizando saltos quânticos de cura e consciência na vida das pessoas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
(1) Dewhurst-Maddock, Olivea - “ A Terapia pelo som – auto-cura pela música e expressão vocal” – pag. 90/91.
2) Levine, P.A. (1998). Trauma-Heilung. Das Erwachen des Tigers.
(3) Ruppert, F. (2005). Trauma, Bindung und Familienstellen. Seelische Verletzungen verstehen und heilen. Stuttgart: Pfeiffer bei Klett-Cotta
(4) “Lernen mit Bert Hellinger – ein Schulungskurs“ Salzburg, Februar 2006
(5) „Le Pouvoir Guérisseur de l’eau“ Masaru Emoto/Jürgen Fliege, 2005, Edit. Guy Trédaniel Editeur, Paris
(6) « La sagesse du Shaman » Tony Samara, 2006, Edit. Dangles, Saint-Jean-de Braye (France)
(7) « www.hellinger-international.com/data/ZukunftFam.shtml »
(8) ASTI-VERA, A. Metodología da pesquisa científica. Porto Alegre: Globo,
(9) BOWLBY, James. Attachment and loss. (1969, 1973, 1980) Basic Books, New York
(10) BRAZELTON, T.B. Pre-birth memories appear to have lasting effect. Brain/Mind Bulletin, 7(5), 2. 1982
(11) DSM-IV, version mini. American Psychiatric Association. (1994) Critères diagnostiques (Washington DC). Traduction française par J.D. Guelfi et al., Masson, Paris, 1996, 384 pages.