Você sabe CUIDAR?
O que é cuidar? Alguém lhe ensinou? Você aprendeu sozinho?
Como você sabe que o que está oferecendo é a medida que o outro precisa? Tem qualidade? Tem quantidade? É constante? É verdadeiro? É o seu melhor?
Está se escondendo, "disfarçando", oferecendo "migalhas" com medo de lhe faltar? Ou você está "salvando", será que está dando mais do que tem? Ou usando o lugar de salvador para não olhar p/ si mesmo? Está se salvando? Neste aspecto, quem está salvando quem?
E do que temos tanto que nos salvar e salvar o outro? Da vida? E quem disse que podemos controlar essa tênue e frágil existência? Tem amor que cura e tem amor que adoece, que amor é o seu? Qual a qualidade do amor que ofereço ao outro? A mesma qualidade do amor que ofereço a mim mesma.
Achei interessante compartilhar e também compartilhar quais são "As Ordens da Ajuda" de Bert Hellinger (Constelações)
- A primeira ordem da ajuda consiste em dar apenas o que temos, e em esperar e tomar somente aquilo de que necessitamos. A primeira desordem da ajuda começa quando uma pessoa quer dar o que não tem, e a outra quer tomar algo de que não precisa
- A segunda ordem da ajuda é, que ela se amolde às circunstancias e só intervenha com apoio na medida em que elas o permitem. Essa ajuda mantém reserva e possui força. Há desordem da ajuda, neste caso, quando o ajudante nega as circunstâncias ou as encobre, ao invés de encará-las, juntamente com a pessoa que busca a ajuda.
- A terceira ordem da ajuda seria, que, diante de um adulto que procura ajuda, o ajudante se coloque igualmente como um adulto. Com isso, ele recusa as tentativas do cliente para fazê-lo assumir o papel dos pais. A desordem da ajuda consiste aqui em permitir a um adulto que faça ao ajudante as exigências de um filho a seus pais.
É o reconhecimento dessa terceira ordem da ajuda que constitui a mais profunda diferença entre o trabalho das constelações familiares e psicoterapia habitual. Pois, muitos ajudantes, por exemplo, na psicoterapia e no trabalho social, acham que precisam ajudar os que lhes pedem ajuda, da mesma forma como os pais ajudam seus filhos pequenos. Inversamente, muitos que buscam ajuda esperam que os ajudantes se dediquem a eles como os pais se dedicam a seus filhos, no intuito de receber deles, tardiamente, o que esperam e exigem dos próprios pais. O que acontece quando os ajudantes correspondem a essas expectativas? Eles se envolvem numa longa relação. Aonde leva essa relação? Os ajudantes ficam na mesma situação dos pais, em cujo lugar se colocaram com essa vontade de ajudar.
- A quarta ordem da ajuda é quando o ajudante realmente percebe o cliente a partir do momento em que o vê junto com seus pais e antepassados, e talvez também junto com seu parceiro e com seus filhos. Isto significa que a empatia do ajudante precisa ser menos pessoal e – principalmente - mais sistêmica. A desordem da ajuda, neste caso, consistiria em não contemplar nem honrar outras pessoas essenciais, que teriam em suas mãos, por assim dizer, a chave da solução. Incluem-se entre elas, sobretudo, aquelas que foram excluídas da família, por exemplo, porque os outros se envergonharam delas.
- A quinta ordem da ajuda é portanto o amor a cada pessoa como ela é, por mais que ela seja diferente de mim. A desordem da ajuda seria aqui o julgamento sobre outros, que geralmente é uma condenação, e a indignação moral associada a isso. Quem realmente ajuda, não julga.
Como já disse... Ajudar e cuidar não é para qualquer um... Poucas pessoas entendem verdadeiramente o significado disso...
Eu? Eu também estou me dando o direito de viver, aprender e resignificar tudo isso...